A Conclusão do Sermão

A conclusão é o clímax do sermão, na qual o objetivo constante do pregador atinge seu alvo em forma de uma impressão vigorosa.
Uma boa conclusão pode, às vezes, suprir as deficiências de outras partes do sermão ou servir para aumentar seu impacto. Por isso ela é sem dúvida, o elemento mais poderoso de todo o sermão.

As formas de conclusão mais utilizadas são:

a) Recapitulação

Usa-se geralmente esse tipo, quando a mensagem consiste numa série de argumentos ou ideias, exigindo dos ouvintes muita atenção à linha de pensamento do pregador. Deve ser feita de forma que o pregador, ao resumir e recapitular os pontos principais da sua mensagem não a “pregue de novo”.

b) Ilustração

Às vezes pode-se levar as ideias ou verdades do sermão mais eficazmente a um clímax por meio de uma ilustração poderosa ou oportuna. Não recomenda-se usar muitas ilustrações num mesmo sermão. Deve usar na conclusão, caso não tenha feito nenhuma ilustração anteriormente durante a explanação da mensagem.

c) Aplicação ou Apelo

A medida que a mensagem se aproxima da conclusão, ela deve levar os ouvintes a perguntarem a si mesmos: “o que essa verdade tem a ver, comigo?”. Um erro, contudo, seria pensar que o sermão deva terminar com um apelo emocional ou patético. Pelo contrário, um final natural, simples e calmo geralmente é muito mais impressionante e eficaz. Convém notar ainda que é mais fácil a congregação aceitar repreensões e advertências solenes quando feitas com ternura e amor, do que em forma de denúncias trovejantes.

d) Motivação

Na conclusão, muitas vezes não devemos somente impor uma obrigação moral aos ouvintes, mas também proporcionar um incentivo para responderem pessoalmente ao desafio apresentado.

Princípios para o preparo da Conclusão:


a) Deve ser Breve

Sendo longa, impacienta o auditório e anula o efeito do sermão. Corno diz A.W. Blackwood em seu livro ‘a preparação de sermões’:  “O pregador começa a andar ás voltas e o povo a inquietar-se, talvez com vontade de dizer o que disse uma escocesa idosa, numa circunstâncias dessas: - o reverendo acabou, mas não quer parar! Confia ao teu povo, logo no começo, a alegre expectativa do fim - de outra forma o sern1ão parecerá longo, porquanto um só minuto a mais na conclusão pode criar um sentimento de mal-estar. Por que queres tornar- te maçante?”.

b) Deve ser Simples

Com uma linguagem simples, clara e objetiva, ao mesmo tempo penetrante e vigorosa.

c) Deve ser previamente escolhida

Tanto a conclusão como qualquer parte do sermão, não deve ser improvisada (a não ser que sinta a direção do Espirito para isso), para que o pregador não corra o risco de colocar a perder toda a sua mensagem.

O que se deve evitar numa Conclusão?


a) Nunca peça desculpa

Pedir desculpas, causa sempre má impressão de que não foi feito corretamente, muito mais na pregação e principalmente no final.

b) Evite anedotas

O objetivo de quem que se encontra no púlpito não é divertir e nem distrair, mas profetizar a palavra do Senhor.

c) Evite distrações

Qualquer coisa que distraia o povo, como pegar o hinário, olhar para o relógio ou fazer algo que chame a atenção. Isso demonstra que os minutos vão passando, despertando pressa no povo e revelam a tensão nervosa do pregador.

Depois de feito tudo isso e de enunciado o sermão, pode-se perguntar: mas e quanto aos resultados?
Aqui cabe uma citação que todo o pregador deveria ter em mente ao subir e ao descer do púlpito:

“Um preparo diligente, uma súplica humilde e uma apresentação imbuída de poder é a parte que cabe ao pregador. Só Deus pode promover a regeneração espiritual que se faz necessária à entrada do ouvinte no Reino de Deus”.
Rev. Welfany Nolasco Rodrigues

Pastor Metodista. 44 anos. Casado com Ássima, pai de Heitor e Hadassa. Natural de Muriaé MG. Bacharel em Teologia pela UMESP.

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